Dentro de mim existe um lugar onde vivo inteiramente só
e é lá que se renovam as nascentes que nunca secam.
P.Buch

23 de junho de 2010

Acessar Valores e Propósitos

Li uma entrevista no site Planeta Sustentável com a americana Donah Zohar - física e filósofa em Massachussets - que achei muito interessante e coloco aqui algumas de suas idéias que evidênciam que ninguém poderá salvar a humanidade sozinho, pois a mudança começa em cada um de nós e cita Jung que diz “se há algo errado com o mundo, é porque algo está errado comigo. Se eu quero endireitar o mundo, preciso endireitar a mim mesmo.” Ela sugere ainda que além de nosso QI – Coeficiente de Inteligência, precisamos desenvolver o nosso QS – Coeficiente de Inteligência Espiritual, que nada tem a ver com religiões. É pelo QS que damos sentido à vida, acessamos nossos valores e propósitos que questionamos quem somos, ficamos mais comprometidos e encontramos novas soluções que permitam ao mundo ser diferente e melhor.

E diz: “Quem quer viver uma boa vida deve fazer perguntas profundas. É necessário se perguntar: Para que eu nasci? Por que eu tenho uma vida? O que eu preciso fazer aqui? Isso faz com que a gente leve a vida mais a sério. Há uma preferência maior pelo uso do QI, sim. Mas eu acho que cada vez mais pessoas têm ficado conscientes de que precisam trazer seus valores à tona e verificar o que realmente é importante para elas. Essa já é uma prática comum entre os jovens, que querem que o emprego ou a atividade que exerçam tenha um significado maior para eles. E a preocupação também está crescendo no círculo dos negócios, porque eles estão percebendo que as pessoas ficam mais tempo nos empregos que fazem sentido para elas.São os indivíduos que fazem as coisas acontecerem e afetam a sociedade. Deixe o mundo saber o que você quer mudar e acredite que pode fazer a diferença, e uma revolução pode acontecer.Tudo o que eu faço, sinto e penso influencia o modo como os outros agem, sentem e pensam, então minhas ações têm uma espécie de responsabilidade global.Somos movidos a medo, raiva ou desejo de auto-afirmação. Se agimos por motivações negativas, só geraremos resultados negativos, sem conquistar nada de novo, apenas reagiremos. Se possuímos objetivos diferentes, teremos resultados diferentes. Precisamos começar a agir em nome de um propósito maior, de um pensamento a longo prazo. Está na hora de sair de um modelo mental “eu, meu e para mim” para um “nós, nosso e para nós”. Devemos nos ver como os guardiões do futuro e manter o planeta a salvo para nossos filhos e netos. Deveríamos viver nos perguntando: Como eu posso servir? Não apenas a mim, mas à minha comunidade, minha nação, meu planeta.”

Abaixo 12 princípios que nos ajudam a assumir uma postura mais responsável diante da própria vida e a encontrar mais sentido para a existência humana.

1. Uso positivo das adversidades: em vez de assumir uma posição de vítima, devemos aproveitar os momentos de crise para nos fortalecer e pensar em novas soluções;
2. Consciência de si mesmo: saber quem somos, quais são nossos valores mais profundos, perceber o que nos motiva a viver e pelo que seríamos capazes de morrer é uma das maneiras de ir além do ego e fazer a diferença no mundo;
3. Humildade: deixarmos de ser a espécie mais arrogante do planeta e entender que somos parte de um mundo bem maior, com bilhões de respeitáveis pontos de vista;
4. Compaixão: sentir a dor e a alegria do outro como se fosse nossa e perceber que fazemos parte do todo;
5. Visão e valor: transcender o egoísmo e desenvolver a capacidade de servir aos outros, assumindo um compromisso de fidelidade e excelência com as relações, o trabalho e o planeta;
6. Espontaneidade: viver o momento presente, encarando cada problema ou questão como nova;
7. Holismo: entender que no mundo não há separação entre os indivíduos e a natureza e a maneira como um indivíduo vive afeta o todo;
8. Fazer perguntas fundamentais e profundas: questionar-se é criar oportunidades para agir de modo diferente, adquirir mais consciência e sair do sistema;
9. Reformulação de paradigmas: mudar modelos mentais e a visão que temos de nós mesmos, da vida, dos negócios, da educação etc.;
10. Habilidade para ir contra a corrente: seguir os próprios princípios sem medo de ser diferente;
11. Celebrar a diversidade: perceber os benefícios da diferença e a oportunidade de aprender com o outro e
12. Senso de vocação: sentir que há um propósito na vida e que cada um pode fazer a sua parte naquilo que tem de melhor.

Um comentário:

  1. Oi Zezé, td bem?
    Tenho lido seus artigos do blog. Sempre gosto muito.
    Tem me ajudado tb.
    Ainda não tive a oportunidade de dizer, mas parabéns pelo blog. Márcia

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