Dentro de mim existe um lugar onde vivo inteiramente só
e é lá que se renovam as nascentes que nunca secam.
P.Buch

13 de fevereiro de 2011

Mudança

Coloco aqui um trechinho do post “Módulo”, do blog da Mirella “Nós pela Terra”. Ela está estudando Ciências Holísticas em Londres, no Schumacher College, (o endereço do blog está na lista de blogs lado direito).

(...) O módulo do curso que estou fazendo agora se chama Desenvolvimento Transformativo. No começo da semana tivemos aula com Ian Christie, que introduziu o assunto ressaltando o quanto os erros são importantes para o desenvolvimento, além de dizer que estamos numa época tão crítica que também representa a melhor oportunidade para a mudança ocorrer. Interessante também o relato de um estudo sobre o quanto casais que estão esperando o primeiro filho e pessoas recém-aposentadas vêem o mundo e têm expectativas diferentes da maioria, já que se encontram numa posição de esperança e de receptividade total à mudança...

Achei muito interessante e partilho dessa ideia de que os erros têm importante papel no nosso desenvolvimento, nos tornando mais cuidadosos, menos arrogantes, ampliando a nossa visão estreita e nos tornando mais resilientes. Se encararmos as mudanças de forma positiva, e se entendermos como os nossos sentimentos impactam essas situações, poderemos então tirar grande aprendizado dessas experiências que temos e que nos parecem tão dolorosas. Um componente importante aqui é o perdão, o perdão a si mesmo. Costumamos achar que errar significa fracasso, mas, como professora, vejo isso mais claramente. Errar é aprender, é a oportunidade de apagar e refazer, é se conscientizar de onde temos que colocar mais esforço, é integrar os bloqueios inconscientes e se sentir livres do que impede de seguir adiante.
Gosto muito da metáfora que existe no Jogo da Transformação (jogo desenvolvido na comunidade de Findhorn, na Escócia) que quando você tem dores pelo caminho da vida, você caminha mais devagar e só quando você integra essas dores e se conscientiza de suas virtudes é que tais dores são removidas. É a consciência de suas virtudes e dores que te movem para outro nível de consciência.

Uma vez sabendo quais são os nossos verdadeiros sentimentos em relação a uma situação, segundo Deepak Chopra, "temos uma escolha, ou várias escolhas. Podemos empurrar o sentimento de volta para dentro, podemos nos culpar por não sermos uma boa pessoa, lamentar ou se desculpar. Nenhuma dessas alternativas é produtiva, pois nos conduzem à nossa sombra, reforçando o sentimento indesejável. Até que você faça as pazes com seus sentimentos negativos, eles persistirão. Para isso você tem de sentí-los, escutar a história que eles contam, por exemplo: Não sou bom o suficiente, eles não gostam de mim; nunca consegui desenhar; não cuidei bem de minha irmãzinha...”

Depois de ouvir a história, Deepak sugere que "a gente seja receptivo a esta história e que isso foi criado no passado e que, naquele momento, você era criança e não tinha escolha porque o sentimento foi secretamente guardado e permaneceu ali escondido. Os sentimentos antigos ficaram por perto para protegê-lo de feri-lo. Agora faça as pazes com isso e você transformará algo negativo em positivo.

A última coisa que queremos é reciclar essas antigas emoções. Nenhum de nós precisa se proteger de uma infância que já passou há muito tempo. Há muitas razões para explicar a dificuldades que temos em abrir mão das nossas emoções negativas. Elas são a ponta do iceberg. Toda vez que elas aparecem significa que há muito mais desses sentimentos guardados na nossa sombra. Isso é um mecanismo de sobrevivência. Quando encontramos meios de desfazer esse grude da negatividade, seremos mais desprendidos.

Algumas afirmações funcionam para tentar desfazer esse grude:
- Posso passar por isso. Não vai durar para sempre.
- Já me senti assim antes. Consigo lidar com isso.
- Ninguém jamais ganha no jogo de colocar a culpa no outro.
- Não estou sozinho. Posso ligar para alguém que me ajude a passar por esse momento ruim.
- Sou muito mais que meus sentimentos.

Se você conseguir transformar qualquer uma dessas afirmações em realidade, estará acrescentando-as às suas habilidades para lidar com a situação. Como fazer para torná-las realidade? Querendo que elas sejam reais. Todo sentimento que você tem se desloca de maneira invisível, rumo ao ambiente, afetando as pessoas ao redor, a sociedade e o mundo."

Então, se queremos mudar o que está fora de nós, o nosso ambiente de trabalho, os nossos relacionamentos para outros mais produtivos, temos mesmo de assumir a responsabilidade de nossa sombra, aquele lugar onde vamos depositando todas as nossas emoções que, ao longo do tempo, fomos reprimindo. Temos de deixar que esses sentimentos venham à superfície, fazer a integração deles, desenvolver outros sentimentos e, como consequência, uma mudança plena acontecerá dentro e fora de nós.

Informações tiradas do livro “O Efeito Sombra”, de Deepak Chopra, Debbie Ford e Marianne Willianson.

5 comentários:

  1. Ótimo e oportuno Zezé
    Hoje mesmo pela manhã , me veio à mente uma situação desagradável que vivi há muito tempo atrás , coincidência ou não , este artigo ajudou !
    Obrigado , abraços
    JP

    ResponderExcluir
  2. Muito bom, Zezé! Invejo sua amiga, estudando esses assuntos em Londres! Amo Londres!
    Saudades
    Bj
    Ink

    ResponderExcluir
  3. Mudar ... Como é difícil! Mas sempre é tempo de tentar pelo menos.

    ResponderExcluir
  4. Querida, obrigada por compartilhar, que integração maravilhosa!
    Sdd, bjo no core!
    Máira

    ResponderExcluir
  5. Querida!
    Como sempre: que maravilha! Muito obrigada!
    Esta questão de reconhecer as dores, trabalhei recentemente em um curso que fiz para ministrar a energia Deeksha, da Onesess, acho que deve conhecer. Aliás, fui fazer o curso sem saber ao certo como era esta energia! Srsrsr! Meu interesse exclusivo foi trabalhar os bloqueios, ou cargas como eles falam. Pois é! temos de integrá-las!
    De resto? Tudo bem com você?
    Beijo carinhoso!
    Ângela

    ResponderExcluir