Ontem
ouvi do meu professor de Yoga a palavra “dezembrite”. Gostei dessa palavra,
pois ela expressa mesmo o que acontece nesse mês de dezembro.
É
só ir ao shopping e observar uma ansiedade no ar dos adultos e crianças. Os
pais querendo compensar crianças por todo o ano que passaram sem eles, os
filhos cobrando dos pais presentes caríssimos como se isso fosse uma
valorização de seus pais. E todos querem comprar, gastar sem se dar conta do
que isso representa de fato. Também tem aquela história de fechar ciclos.
Fechar ciclos é muito bom, mas às vezes achamos que todos os ciclos se
finalizam no dia 31 de dezembro. Aí saímos fazendo coisas. Vamos para a
academia para emagrecer os quilos que tínhamos nos prometido no início de ano e
depois engordamos tudo entre Natal e ano novo. Os professores nessa época
também ficam com “dezembrite”, pois têm que entregar notas, corrigir provas,
falar com pais de professores etc etc. Os alunos têm que tirar a nota ideal
para fechar “este ano”, como se só agora ele fosse aprender o conteúdo. As
empresas estão no fechamento do ano e as contas têm que bater, o lucro tem que
aparecer e todos os funcionários também ficam com “dezembrite”.
“Dezembrite”
faz com que a gente fique voltado para fora sem contato interno e saímos como
robôs fazendo o que todo mundo faz sem se questionar. Corremos contra o tempo
para poder fechar todos os ciclos no último dia do ano. Mas eis que chega o
primeiro dia do ano seguinte e, se olharmos pra dentro, nada fechou exatamente.
Incrível,
tudo está lá para ser vivido, compreendido, assimilado. Os obstáculos mentais
estão lá para serem ultrapassados – a mudança que eu queria não aconteceu
porque coloquei minha energia no exterior, nos objetos e não capacitei minha
mente para viver os obstáculos internos e externos. Poxa, pensei que se o ano
acabasse tudo estaria novinho em folha! Nada mudou verdadeiramente. As mudanças
são consequências. Eu trabalho minha mente, eu a capacito e o resultado é a
mudança. O caminho para isso não são os opostos: é o caminho do meio, é a
consciência do que é mesmo importante, do que é essencial.
Um
remédio "antidezembrite" é a gratidão e a atenção no seu foco interno. Gratidão
porque é um sentimento que te equilibra, te acomoda em qualquer situação e a
atenção ao seu foco que faz você saber quem você é e para onde está indo. Se
você sabe para onde está indo, ninguém e nada te leva a outro lugar ou te
distrai de seus objetivos mais íntimos.
Que esse momento cheio de agitação econômica
misturada com a agitação emocional seja de paz interna, gratidão e observância
de si mesmo.
Zezé,
ResponderExcluirDezembro para mim é também um mês de reflexão e análise do ano que está terminando. Verificar minhas ações e omissões para tentar melhorar para o ano que se inicia.... Beijos
Pois é querida Zezé...como sempre...muita reflexão para tirar de suas palavras...
ResponderExcluirVou me auto-observar nestes sintomas, e tomar boas doses de sua "poção" recomendada...rsrs...
Gratidão à vc!
Beijos,
Dri-Yoga
Já me livrei da dezembrite, janeirite, fevereitite, mesmo que aqui no Brasil o ano começe em Abril, o que procuro viver mesmo amiga Zezé é o "Agorite"...sem artrites...rsrsrs. Adorei brincar com os trocadilhos. Beijos, Eliane New
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